Na semana do Dia Mundial de Combate à AIDS, de 01 a 7/12, o Sesc Santa Catarina promove ações de encerramento do Projeto Multiplicadores de Saúde, realizado em escolas públicas dos municípios de Florianópolis, Brusque, Criciúma, Itajaí, Laguna e Tubarão. Este projeto tem o objetivo de contribuir para a promoção da saúde sexual e reprodutiva, com ênfase na prevenção das ISTs e HIV entre jovens estudantes. A ação integra o Programa de Promoção de Saúde Sexual e Reprodutiva do Departamento Nacional do Sesc e fomenta a participação e o protagonismo dos adolescentes.

Nos meses de agosto, setembro e outubro, ocorreram os encontros da formação de multiplicadores de saúde, por meio da metodologia de educação entre pares. Em cada escola, formou-se um grupo interessado pelo projeto, totalizando 62 adolescentes do 8º ano do Ensino Fundamental ao 2º ano do Ensino Médio, de seis escolas públicas. As atividades foram ministradas pela equipe de Saúde do Sesc e por profissionais especialistas da área, através de roda de conversa, vídeo debate, jogos e dinâmicas. Foram abordados conteúdos sobre promoção à saúde, sexualidade, puberdade, métodos contraceptivos e prevenção as Ists/Aids, além de questões ligadas ao respeito à diversidade.

Em outubro e novembro, estes 62 jovens tornaram-se protagonistas do processo e iniciam as ações de multiplicação, disseminando as informações aprendidas entre seus pares (adolescentes das demais turmas das escolas). Os jovens elaboraram e organizaram todas as ações, com apoio dos Educadores em Saúde do Sesc e demais parceiros envolvidos. Criaram jogos, peças teatrais, músicas, dinâmicas entre outras ações utilizando metodologias ativas de aprendizagem, com criatividade e conteúdos muito relevantes sobre a temática da saúde sexual e reprodutiva. Assim, alcançando mais de 600 adolescentes, informados e conectados com a saúde sexual e valorização de seus direitos.

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é uma das oito datas relacionadas à saúde celebrada a nível global, tamanha a importância do assunto. No dia 27 de outubro de 1988, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Cinco anos após a descoberta do vírus causador da aids, o HIV, 65,7 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas com o vírus, e 38 mil já tinham falecido. A AIDS, infecção causada pelo HIV, é o estágio avançado da ação desse vírus no organismo, que é transmitido pelo sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno das pessoas infectadas. A doença tem registrado uma média de 2,2 mil novos casos ao ano em Santa Catarina na última década, e ataca o sistema imunológico.

O último boletim epidemiológico HIV/AIDS, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Santa Catarina registrou 1.851 novos casos de AIDS em 2017. A taxa de mortalidade da registrou 7,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2017, a média de Santa Catarina de 2017 é superior à nacional, de 5,6 óbitos por 100 mil habitantes.

O panorama de Santa Catarina em relação as infecções por HIV é crítico e coloca o estado como o segundo maior do Brasil em número de infecções por 100.000 habitantes. As relações sexuais, sejam heterossexuais ou homossexuais, são majoritariamente a forma mais comum de transmissão pelo HIV.

Os dados no estado são preocupantes, com isso, justifica-se que o Sesc amplie e reforce as medidas de prevenção através do acesso a informação sobre esta temática através de projetos como este.

Para saber mais sobre a doença e as formas de prevenção, consulte os órgãos oficiais:

Ministério da Saúde - http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/previna-se
Unaids - https://unaids.org.br/prevencao-combinada/

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Em contribuição com a Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, a atuação do projeto Multiplicadores de Saúde visa contribuir para alcance das metas do ODS 3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades:

3.3 Até 2030, acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras doenças transmissíveis

3.7 Até 2030, assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais.

+ https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/

Colaboração: Cristiani Jacobus Vieira, Analista de Saúde e Assistência do Sesc-SC