Histórias que fazem Sesc: A chegada a Santa Catarina


07/09/2017 - Atualizado em 15/09/2017 - 856 visualizações


Mergulhar na história do Sesc é beber direto na fonte de décadas escritas a muitas mãos. Folhear os capítulos da atuação da Entidade é ter acesso a uma radiografia da nossa sociedade nestes últimos 70 anos.

Em maio de 1946, na região Serrana do Rio de Janeiro, líderes das classes produtoras do comércio, da indústria e da agricultura reúnem-se na Conferência de Teresópolis. Uma das principais reivindicações, expressada no documento batizado de Carta da Paz Social, era a necessidade premente de união da categoria para implementar ações que garantissem um país melhor, com desenvolvimento econômico e justiça social andando lado a lado.

A proposta de criação do Conselho Nacional de Comércio conseguiu apoio do então presidente Eurico Gaspar Dutra, o que permitiu que, em 13 de setembro de 1946, saísse do papel o conceito inovador de destinar recursos das classes patronais para custear os serviços sociais dos trabalhadores. Foi assim que surgiu o Serviço Social do Comércio (Sesc), uma entidade de direito privado, com o objetivo de oferecer um serviço social autônomo, sem fins lucrativos, que integra a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio).  

1948

Menos de três anos depois da redação desse documento, o Edifício Aldo Luz, no Centro histórico da Capital catarinense, serviria de primeiro endereço para o Conselho Regional do Sesc, presidido pelo contador Charles Edgar Moritz.

No início da atuação, seguindo a diretriz nacional da Entidade, o Sesc restringiu-se à área médico-odontológica, já que um dos grandes problemas das populações era o acesso à saúde. O Sesc apareceu, então, como uma forma complementar à atuação tímida dos poderes públicos, oferecendo alternativas de qualidade para serviços deficientes ou mesmo inexistentes.

Ao chegar a Santa Catarina, em 29 de setembro de 1948, o Sesc envolveu-se na luta contra a tuberculose, levando a vacinação e orientações de prevenção à coletividade comerciária, e se engajou em todas as demais grandes campanhas nacionais que se seguiram – poliomielite, erradicação do analfabetismo, entre outras.  Exercitou – e exercita – a palavra “parceria” à exaustão, o que garantiu que seus primeiros passos fossem dados em total harmonia e complementaridade aos esforços governamentais.

1949

O Sesc ampliou rapidamente o conceito de assistência social, até então de caráter iminentemente religioso e filantrópico, e buscou a sintonia com as novas e crescentes necessidades dos trabalhadores do comércio.

As atividades educativas ganhavam força, em consonância com a grande batalha nacional pela diminuição dos altos índices de analfabetismo.

Nesse cenário de transformações e de total engajamento do Sesc nas principais causas nacionais, surgiram as primeiras Delegacias Municipais em Santa Catarina, no ano de 1949: Laguna e Joinville. 

1950

No ano seguinte, 1950, foi a vez da implantação das Delegacias de São Francisco do Sul e Blumenau. A Unidade blumenauense do Sesc praticamente nasceu com uma nova recomendação do Departamento Nacional: educação e recreação deveriam ser pontos prioritários. Por isso, as práticas esportivas, recreativas e de aprendizagem não demoraram a dividir espaço com as ações de assistência médica e odontológica.

Para sorte de todos, essa energia transformadora do Sesc, que marcou um nível de tomada de consciência empresarial até então nunca visto, não daria trégua durante os 70 anos que se seguiriam.


*Este artigo foi adaptado do livro “Uma história feita de muitas”, publicado em 2016 como parte das comemorações dos 70 anos do Sesc em Santa Catarina. 
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