Com a passagem do Ciclone Bomba por Santa Catarina, registrado em 30 de junho de 2020, ocorreu a queda de um Garapuvu, árvore símbolo de Florianópolis, em área do Hotel Sesc Cacupé. Essa espécie foi utilizada durante muitos anos para a confecção de canoas, desde os indígenas que habitavam a Ilha, e depois pelos imigrantes açorianos que colonizaram o município durante o século XVIII. O tronco da árvore é esculpido, até originar uma canoa, chamada de canoa de um pau só. Pode ser conduzida por remos, ou até mesmo a vela.
Com o passar dos anos, essas canoas foram gradativamente substituídas por embarcações mais modernas, que utilizam tábuas, ou até mesmo por outros materiais. A arte também foi se perdendo, restando alguns poucos artesãos que se aventuram nessa empreitada, repleta de técnicas e saberes.
O Garapuvu é protegido por lei e não pode ser derrubado sem autorização dos órgãos ambientais. O tronco que caiu no Hotel Sesc Cacupé devido à força dos ventos do ciclone foi preservado e a equipe de educação ambiental do Sesc contatou integrantes da comunidade local, que vistoriaram o material e se interessaram na confecção da canoa.
No dia 03 de setembro, o músico, pescador e canoeiro Nilo Sergio Conceição, conhecido como Nilera, começou a esculpir a canoa, tornando-se um atrativo para colaboradores, hóspedes e visitantes. Quem tiver curiosidade para conhecer o trabalho pode entrar em contato com renato.10440@sesc-sc.com.br para combinar.
Colaboração: Renato Barreto Barbosa Trivella - Educação Ambiental / Hotel Sesc Cacupé
Tradição açoriana de esculpir canoa de Garapuvu é resgatada no Hotel Sesc Cacupé
09/10/2020 - Atualizado em 09/10/2020 - 1219 visualizações
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