Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9795/1999, Art 1º):

“Entende-se por Educação Ambiental (EA) os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."

Tem-se na EA uma prática intencional com caráter social em sua relação com a natureza e com outros seres humanos potencializando a prática social e a ética ambiental” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Art. 2°).

Diversas atividades e práticas ecológicas auxiliam na formação de cidadãos críticos, conscientes, capazes de refletir sobre a complexidade das relações humanas com o meio. Entende-se aqui “o meio” como o local onde se vive e se interage e, portanto, espaços naturais urbanos são parte deste meio.

A atividade ambiental em áreas urbanas a exemplo de caminhadas, trilhas e oficinas realizadas em parques, bosques, praças possibilitam a reaproximação com a natureza, a exploração dos sentidos, a ressignificação e a apropriação de conceitos.

Tratam-se instrumentos de prática pedagógica com potencialidades de despertar para uma consciência da sociedade, da natureza e dos ambientes cultural, urbano, natural, social e político (Bonatto et al., 2013).

Pesquisadores e estudiosos têm revelado a necessidade da EA trabalhar formas de apropriação destes espaços em especial os sentimentos de pertencimento, de intermediação, interdependência, respeito e empatia.

Neste contexto, a discussão da temática é cada vez mais atual e necessária.

No Programa Ecoar deste mês, a Educação Ambiental e suas possibilidades em espaços públicos estarão em foco. O episódio irá ao ar na quinta feira dia 25/11, às 20 horas, no YouTube Sesc-SC.

Estarão compartilhando sua experiência com a Educação Ambiental, Juliana Gatti do Instituto Árvores Vivas, São Paulo (SP) e a professora e educadora ambiental Silvane Dalpiaz do Carmo, Florianópolis (SC).

Sinta-se convidado! Te esperamos.

Sobre as participantes

Mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável, especialista em Design para a Sustentabilidade. É idealizadora do Grupo Árvores Vivas formado por OSCIP e empresa social trabalhando para restauração, comunicação e promoção da conexão de crianças e toda sociedade com natureza. Capacitada pela FAU-USP em Desenho Ambiental, UNESPRio Claro em Frugivoria e Amostragem de Mamíferos, IB-USP em Taxonomia de Fanerógamas e IBRAP Vegetação Aplicada ao Paisagismo, além de curso técnico em paisagismo pelo SENAC. Atua na restauração ecológica em seus projetos de paisagismo e enriquecimento de biodiversidade nas ações corporativas de voluntariado para plantio e resgate do verde nas cidades.

Atua desde 2006 na estruturação e gerenciamento de projetos que promovem a conexão da sociedade com a natureza por meio de ações de caráter educativo e cultural. Desenvolveu a metodologia de sensibilização por meio de vivências que resgatam e valorizam vínculo e afetividade com a natureza aplicada no Passeio Verde com famílias, crianças, jovens e público heterogêneo. Idealizou e conduziu 6 edições do Festival Cultivar (Semana Cultural das Árvores) entre 2010 e 2015 no estado de São Paulo Responsável pela produção de conteúdo do guia Passeio Verde, Veredas Urbanas

Referências

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 15 DE JUNHO DE 2012 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental
BONATTO, I. T; MAINARDES, D.; MENDES, J. M.; SILVA, M. C. Práticas de educação ambiental em espaços públicos da cidade de Curitiba –PR. Revista Educação e Tecnologia, n. 13, 2013. http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/revedutec-ct/index

Colaboração:
Samantha Filippon - Analista/Educação/Ciências e Meio Ambiente - Departamento Regional Sesc-SC