Ouça os cinco novos episódios do podcast Página Sonora


06/05/2022 - Atualizado em 06/05/2022 - 730 visualizações

O Sesc Santa Catarina lança cinco novos episódios do podcast Página Sonora, projeto literário da Rede de Bibliotecas da Instituição, que destaca textos de autores nascidos ou radicados em Santa Catarina.

Neste mês são apresentados poemas dos livros "Dente de cachorro", de Cristiano Moreira (2018, Editora Nave); "Melhores poemas", de Cruz e Sousa (2001, Global Editora); "Alma de águia, trama de cordeiro", de Rodrigo Luis Mingori (2012, Editora Medusa); e trechos dos livro "Tanatografia da mãe", de Isadora Krieger (2022, Editora da Casa) e "As avessas", de Telma Scherer (2021, editora Ipê Amarelo).

O objetivo é despertar o interesse na leitura integral dos livros, que estão disponíveis para empréstimo nas 28 Bibliotecas da Instituição no Estado. A narração é realizada por colaboradores de Cultura do Sesc-SC e convidados de outras áreas, com trilhas sonoras criadas por instrutores e alunos dos cursos de música da Instituição.

Com os programas inéditos lançados na primeira sexta-feira de cada mês, a Instituição já soma 114 episódios, em 23 edições, disponíveis no Spotify, Google podcast, Anchor e YouTube. Tem poesia, crônica, conto, trechos de romances, novelas e textos de teatro, o que garante ao público ouvinte uma programação com dinamismo e diversidade.

Todo o conteúdo é disponibilizado gratuitamente e também pode ser utilizado como fonte de informação e fruição por outras bibliotecas, centros culturais, escolas e universidades, para pesquisa e ponte para expandir o alcance da literatura no nosso estado e fora dele.

Episódio 111 - Ouça três poemas do livro "Dente de cachorro", de Cristiano Moreira

Seleção e leitura de Polyanna Orlonski Fuck, do Sesc Canoinhas. Confira o depoimento da colaboradora sobre o livro:

"Dente de cachorro é o tipo de poesia atravessada que a gente quer entender, não entende e acaba entendendo. Te faz sentir, te faz pensar e te faz querer continuar lendo. O livro é potente, instigador e visualmente reflexivo...

...talvez até pelo próprio título, já que na tipografia o 'dente de cachorro' designa um erro no espaçamento de palavras e letras na impressão. Cristiano Moreira é um dos bons nomes que despontam na literatura de Santa Catarina e a leitura vale a pena".

Sobre o autor

Cristiano Moreira nasceu em Itajaí, em 1973, na foz do rio Itajaí-Açu e hoje vive no médio vale deste rio, na cidade de Rodeio. Professor de literatura e tipógrafo, publicou os livros de poemas: Rebojo, em 2005, pela editora Bernúncia; O calafate míope, em 2009, pela Papaterra, e o livro infantojuvenil, Dengo Dengo, em 2016, também pela Papaterra. É um dos responsáveis pela Oficina Tipográfica Papel do Mato e pela Biblioteca Rural, na Quinta da Gávea, em Rodeio. Participa da Rede Latinoamericana de Cultura Gráfica.

Episódio 112 - Ouça três poemas do livro "Melhores poemas", de Cruz e Sousa

Seleção e leitura de Mariane dos Santos, do Sesc Brusque. Confira o depoimento da colaboradora sobre o livro:

"O livro Melhores Poemas de Cruz e Sousa nos traz a atmosfera crua e pesada da obra deste escritor, que ao escrever combatia dura e criticamente o racismo e a escravidão no Brasil. Com uma poesia militante carregada de humanidade, empatia e um certo sarcasmo, representando o simbolismo brasileiro e incentivando movimentos antiescravagistas, Cruz e Sousa destacou-se pela coragem e beleza literária.

Este livro em especial traz uma seleção dos poemas mais fortes e profundos, que proporcionarão ao leitor uma verdadeira imersão ao mundo de Cruz e Sousa".

Sobre o autor

João da Cruz e Sousa nasceu em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, em 1861, filho de negros alforriados. Poeta, colaborou em diversos jornais e revistas e foi um ativista que combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1893, com as obras Missal e Broquéis, consagra-se como fundador do Simbolismo brasileiro. Faleceu em 1898. Postumamente, foram lançados Evocações, Faróis e Últimos Sonetos.

Episódio 113 - Ouça dois trechos do livro "Tanatografia da mãe", de Isadora Krieger

Seleção e leitura de Diego Augusto Elias, do Sesc Balneário Camboriú. Confira o depoimento do colaborador sobre o livro:

"A cada novo livro (e nesse caso, novíssimo!), Isadora parece ampliar e adensar mais sua liturgia sedutora e enigmática...

...exigindo e recompensando o leitor na mesma medida a cada nova imagem, a cada nova proposição que traz à lume.

Que alegria é poder ler mais um livro seu, ter acompanhado de perto seu processo de escrita e saber que ele agora começará a circular pelo Arte da Palavra, onde conhecerá novos leitores e reencontrará também seus velhos.

Aos que ainda não se aventuraram pelos poemas da Isa, especialmente deste 'Tanatografia da mãe', deixo aqui algumas indicações de leituras disponíveis nas Bibliotecas do Sesc, que se relacionam com o estilo ou com a temática do livro: 'Poemas', de Wislawa Szymborska; 'Da poesia', de Hilda Hilst; 'A fúria', de Silvina Ocampo; 'Amada', de Toni Morrison; 'A filha perdida', de Elena Ferrante; 'O amante', de Marguerite Duras; e 'Você é Minha Mãe?', de Alison Bechdel. Leiam, e leiam Isadora Krieger!"

Sobre a autora

Isadora Krieger nasceu em Balneário Camboriú em 1966. É poeta e escritora. Realiza a oficina de escrita criativa "Ocultismo, Delírio e Kosmos". Publicou cinco livros, entre eles, "O wi-fi da igreja é muito fraco", pela editora Urutau e "Explorações cardiomitológicas", pela editora da casa, este semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura em 2019. “Tanatografia da mãe”, lançado em 2022 pela Editora da Casa, é seu último livro.

Episódio 114 - Ouça três poemas do livro "Alma de águia, trama de cordeiro", de Rodrigo Luis Mingori

Seleção e leitura de Josimar Pereira da Silva, do Sesc Chapecó. Confira o depoimento do colaborador sobre o livro:

"Em 'Alma de Águia Trama de Cordeiro' a busca pelo saber (ou o não saber) é tema forte na concepção deste livro que, dividido em duas partes, nos faz buscar pela identificação dos sentimentos, da percepção da viabilidade do saber, entre corpo e alma, na contemplação de si mesmo.

Já na segunda parte, os poemas nos devolvem ao real, ao certo, que às vezes, desconcertantemente certo, nos coloca de fronte ao trivial, ao belo e ao real. E durante as páginas, o livre nos concede a liberdade de compreender o que é realmente o conhecimento, o entendimento. Um livro carregado de filosofia, arte e emanação ao ser, ao transcender possível e capaz em cada um que, defronte as páginas poéticas, imaginam-se no divã do conhecimento ao universo".

“Um nome, simples nome... denominação humana vazia em significados. Que transforma a massa em seres únicos. Meu nome? Oluparun!” – A trajetória do destruidor – p.10.

Sobre o autor

Rodrigo Luis Mingori, nasceu em Palma Sola, Santa Catarina. É professor e escritor. Publicou em 2012 o livro de poesias “Alma de águia, trama de cordeiro” pela editora Medusa de Curitiba. Ganhou o Concurso Internacional de Poesias Poetizar o Mundo em 2014, lançou obras conjuntas pela editora do Sesc em 2009 na coletânea Contemporosa e no Primeiro Concurso Nacional de Contos da Academia Gonçalense de Letras, Arte e Ciência. Atualmente reside em São Miguel do Oeste Santa Catarina.

Episódio 115 - Ouça um trecho do livro "As avessas", de Telma Scherer

Seleção e leitura de Luiza Medeiros e Silva, do Sesc Palhoça. Confira o depoimento da colaboradora sobre o livro:

"É difícil começar a falar de 'As Avessas', um livro contendo um livro, com personagens-personagens, escritoras, narradoras, cada uma com suas personas únicas, clássicas ou não, e é impossível não ser cativado pela leitura.

"Telma nos leva por Porto Alegre, Pedra do Moinho e o Mundo das personagens, para nos apresentar suas criações: conhecemos o início da adolescência de Clara, sua família, sua cidade, suas aspirações e medos, à medida que ela própria os descobre. Acompanhamos também Clarissa, uma personagem revivida que tem finalmente sua chance como primeira pessoa da própria história. E Luísa, a escritora dessas personagens, e que é também personagem, assim como Telma (e talvez todos nós?). É daqueles livros que, quando termina, te deixa com vontade de ler todos os livros do mundo".

Sobre a autora

Telma Scherer é artista e professora do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da UFSC, na área de literatura brasileira. Atuou como professora substituta no Centro de Artes da Udesc, na área da linguagem pictórica. Trabalhou no campo da literatura e da performance, realizando apresentações de poesia e oficinas, para diversas instituições, entre elas o Sesc-SC e o Sesc-RS, a Bienal do Mercosul e a Prefeitura de Porto Alegre. Publicou os romances “As avessas” (Ipêamarelo, 2021) e “Lugares ogros” (Caiaponte, 2019), o livro de artista “Entre o vento e o peso da página” (Medusa, 2018), e os livros de poesia: “Desconjunto” (IEL, 2002), “Rumor da casa” (7 Letras, 2008), “Depois da água” (Nave, 2014), “O sono de Cronos” (Terra Redonda, 2019), “Squirt” (Terra Redonda, 2019), “Não alimente a escritora” (Hecatombe, 2021). É formada em Filosofia (UFRGS) e em Artes Visuais (Udesc), com mestrado (UFRGS) e doutorado (UFSC) em Literatura, sobre a obra de Ricardo Aleixo, com período sanduíche na UPORTO, Portugal. Tem pesquisa na área da poesia expandida e da performance, bem como do contágio entre modos de escrita em literatura e artes visuais. Realizou pós-doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, linha de Processos Artísticos Contemporâneos.



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