Identidades Brasilis oportuniza ações de diálogos formativos e de práticas decoloniais em Blumenau

Nos dias 02 e 03 de outubro será realizada a segunda etapa do projeto com ações abertas ao público


22/09/2023 - Atualizado em 22/09/2023 - 796 visualizações

Identidades Brasilis

Na última terça-feira (19), o Sesc Blumenau realizou a primeira etapa do projeto Identidades Brasilis em parceria com Divisão de Cultura da FURB- Universidade Regional de Blumenau. Nesta primeira etapa, foram ofertadas gratuitamente duas ações: oficina “Tessituras Existenciais: Memória, Corpo e Reconciliação”, com Ida Mara Freire (Florianópolis/SC), e uma roda de diálogos de tema “Cultura e Ancestralidade”, com a Ida Mara e Rosangela Teixeira (Blumenau/SC) e mediação de Caroline Carvalho (Blumenau/SC).

Participaram das ações a comunidade em geral e também alguns estudantes das graduações de Dança, Teatro e Educação Especial da FURB.  Nos dias 02 e 03 de outubro será realizada a segunda etapa do projeto com uma oficina com Juliana Amaral (São Paulo/SP): "Práticas decoloniais para a performance cênica", que será realizado no Sesc Vila Nova, em Blumenau. Esta ação está com inscrições abertas e as informações estão disponíveis no link

O projeto Identidade Brasilis tem como objetivo evidenciar e debater as contribuições culturais negro-indígenas na atualidade.

Especialmente, em um momento de recrudescimento das lutas e reivindicações por direitos destes grupos, o Sesc busca trazer reflexões para manter em pauta a complexa dinâmica cultural que forjou e continua forjando o país. 

Com uma programação educativa, o projeto busca apresentar modos de vida, formas de ver e se colocar 

no mundo e apresentar questões que são da ordem das políticas públicas ao tratar da aprendizagem em âmbito artístico e cultural, sobre a história e as culturas que caracterizam a formação da população brasileira, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o indígena na formação da sociedade nacional.


Ida Mara Freire relata que as ações realizadas nesta semana “oportunizaram momentos de tecer em grupo os fios da nossa coexistência”. 

O Identidades Brasilis é “um projeto que vai muito além de ser apenas uma celebração cultural; ele representa um chamado à ação em prol da promoção de direitos e da construção de um Brasil verdadeiramente inclusivo, onde todas as vozes e culturas sejam não apenas reconhecidas, mas também valorizadas e respeitadas. É por meio de iniciativas como esta que podemos avançar na busca por uma sociedade mais justa, equitativa e harmoniosa”, relata Rosângela Teixeira. 

Sobre as artistas convidadas

Ida Mara Freire (Florinaópolis/SC) 

Possui graduação em Pedagogia (UNIMEP); Especialização em Dança Cênica, UDESC; Mestrado em Educação Especial, UFSCar;

Estágio na Comunidade Inclusiva L’Arche  Kent, Inglaterra; Doutorado em Psicologia, USP; Pós-doutorado em Artes Inclusivas, University of Nottingham;

Pós-Doutorado na área de Dança, Universitiy of Cape Town, África do Sul. Professora Associada aposentada, UFSC. É membro do conselho editorial do periódico Research in Dance Education.

Escreve e desenvolve estudos e pesquisa sobre os temas: inclusão, meditação, alteridade, arte, cegueira, corpo e dança.

Dirige a Potlach Editora e Ateliê de Arte Contemplativa. Autora dos livros A duração da dor, O Nascer no Silêncio, e do site: www.idamarafreire.com.br. 

Rosângela Teixeira (Blumenau/SC) 

Licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Amazonas, é nascida na cidade de Manaus, no coração da Amazônia e traz consigo a riqueza de sua herança indígena, transmitida através de sua avó materna. Sua trajetória é marcada por um compromisso apaixonado com a arte e a promoção da cultura.

Em Manaus, se envolveu ativamente em projetos que impactaram positivamente a vida da comunidade, especialmente na Colônia Antônio Aleixo. Lá, suas oficinas de arte e na Casa Gene se tornaram um farol de criatividade e abrindo portas para a expressão e o empoderamento.

A busca por novos horizontes a levou a residir em Blumenau/SC e atualmente, ela dedica seu talento e energia à Casa de Cultura do município de Gaspar e às ações em Arte Educação baseadas na Lei 11.645, como a manifestação de um compromisso de ensinar sobre a história e as tradições dos povos negro-indígenas. 

Juliana Amaral (São Paulo/SP) 

Atriz, cantora, compositora, escritora, e designer gráfica. Tem 5 discos autorais lançados: Açoite (Selo Circus, 2016), SM, XLS (2012, Selo Sesc), Entrevista com Stela do Patrocínio (Selo Cooperativa de Música, 2007), Juliana Samba (2007, Lua Music) e Águas Daqui (2002, Lua Music). Seus espetáculos foram apresentados em mais de 30 cidades nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Participou também de diversos CDs, DVDs e espetáculos de artistas nacionais e internacionais, incluindo concertos como solista das Orquestras Jazz Sinfônica, Sinfônica da Bahia e Petrobras Sinfônica. 

Em 2021 foi contemplada pelo Edital ProAC LAB para a realização do projeto Margens da palavra, com espetáculos e encontros de formação, disponíveis em seu canal do YouTube. Em 2021/22 participou do projeto “Tantas Vozes”, da Cia As Graças (Lei de Fomento, SP), no qual coordenou oficinas de corpo-voz nas 5 regiões da cidade de São Paulo, e dirigiu, ao lado da diretora Maria Thaís e professora Barbara Biscaro (UDESC), o experimento cênico “Tantos cantos na cidade”.  

Caroline Carvalho (mediadora) 

Caroline Carvalho é atriz, escritora e mãe de dois meninos gêmeos. Trabalha como atriz a 22 anos, tem na sua experiência artística a passagem pelo Grupo Teatral Phoenix e o Grupo Teatral Porto Cênico, que integrou por 15 anos.

Pesquisa o teatro pra infância e o teatro para bebês. Na literatura, tem 4 títulos de literatura para a infância publicados, “Liz Viu o Mundo”, “Catarina tem uma Prima”, “A mãe que voava” e “Passarinhos”, pelas Editoras Biruta e Aletria.  

Seu último livro publicado, “Passarinhos”, possui o selo “Amigos da Dislexia”, foi contemplado com o selo Cátedra 10 UNESCO de Leitura em 2021, e ficou como finalista do prêmio AEILIJ 2020 no segmento Texto Literário Infantil, e foi contemplado com o Selo Altamente Recomendável da FNLIJ. Professora da FURB – Universidade Regional de Blumenau, onde ministra as disciplinas de Metodologia do Ensino do Teatro e da Arte e Estágios. Graduada em Teatro, Mestre em Educação e Doutoranda em Educação na UFPR.  

Sobre o Sesc-SC 

O Serviço Social do Comércio (Sesc) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que integra o Sistema Fecomércio, Sesc e Senac - sob a presidência do empresário Hélio Dagnoni. Desde 1946, o Sesc transforma para melhor a vida de milhares de catarinenses, de destacando pelo caráter social e atuação em todo o país.

O conjunto de iniciativas ao longo destas sete décadas e meia representa o efetivo empenho dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo em prol da missão da Instituição de: "promover ações socioeducativas que contribuam para o bem-estar social e a qualidade de vida dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, de seus familiares e da comunidade, para uma sociedade justa e democrática".

Entre as principais atribuições do Sesc estão o planejamento e a execução de ações marcadas pela excelência nas áreas de Educação, Saúde, Cultura, Lazer e Assistência, com vasta oferta de eventos e serviços. A Instituição está presente em todas as regiões do Estado, com 32 unidades operacionais, três meios de hospedagem e nove quadras do projeto Sesc Comunidade, além das redes de escolas, restaurantes, clínicas, teatros, bibliotecas, academias entre outros espaços, onde realiza suas ações.

Educação Infantil, Ensino Fundamental, Contraturno escolar, Educação de Jovens e Adultos, Pré-vestibular, atividades de saúde preventiva, de incentivo à prática de atividades físicas e esporte, Odontologia, Nutrição, Cinema, Teatro, Música, Artes Visuais, Dança, Desenvolvimento Comunitário, Trabalho Social com Idosos, Trabalho com Grupos compõem o amplo leque de atividades que o Sesc oferece aos trabalhadores do comércio de bens, serviços, turismo, seus familiares e à comunidade em geral. São ações que favorecem crianças, jovens, adultos e idosos e provocam reais transformações em suas vidas.

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