Sesc Prainha recebe família do poeta Cruz e Sousa no Dia Mundial da Poesia


28/03/2019 - Atualizado em 29/03/2019 - 1555 visualizações

A Unidade Sesc Prainha, em Florianópolis, teve a honra de receber, no Dia Mundial da Poesia, celebrado em 21 de março, a visita da bisneta e da trineta do grande poeta Cruz e Sousa, Diva Tereza e Emilene, que atualmente vivem no Rio de Janeiro. A iniciativa foi do professor Flávio Cruz, que é amigo da família de Cruz e Sousa, responsável por divulgar e manter a história do poeta simbolista viva.

Cruz e Sousa, de família muito pobre, pais negros, escravos e alforriados, foi muito talentoso desde seus oito anos de idade, quando se revelou um poeta precoce, ao declamar versos de sua autoria. Seus escritos estavam cheios de figuras de linguagem: metáforas, vocábulos refinados de um poeta com múltiplas facetas.

O encontro na Biblioteca do Sesc foi repleto de momentos de emoção, contando com a participação de integrantes dos grupos de idosos da Unidade. As descendentes contaram alguns fatos e momentos marcantes da vida do escritor. Dona Diva destacou que seu pai, neto do poeta, sempre lembrava os filhos da importância de preservar o nome de Cruz e Sousa e seu legado. Destaca o reconhecimento que pessoas como o professor Flávio Cruz e tantos outros personagens catarinenses têm pelo poeta.

Colaboração: Verônica Rocha – Biblioteca Sesc Prainha e Arlei Borges – Trabalho Social com Grupos do Sesc Prainha

Biografia de Cruz e Sousa

Cruz e Sousa (1861-1898) foi o mais importante poeta simbolista brasileiro. Com os livros: Missal (poemas em prosa) e Broquéis (versos) inaugurou oficialmente o Simbolismo no Brasil.

Infância e Juventude
João da Cruz e Sousa nasceu em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, Santa Catarina, no dia 24 de novembro de 1861. Filho de escravos alforriados nasceu livre. Foi criado como filho adotivo do Marechal de Campo, Guilherme Xavier de Sousa e Clarinda Fagundes de Sousa. Por ter nascido no dia de São João da Cruz, recebeu o nome do santo, e o sobrenome da família que o criou.

Em 1865, começou a aprender as primeiras letras com sua protetora. Com sete anos, Cruz e Sousa escreveu seus primeiros versos. Em 1869 entrou para uma escola pública, onde se destacava. Nessa época já declamava em salões e teatrinhos. Em 1871, com dez anos, matriculou-se no colégio Ateneu Provincial Catarinense, onde estudou francês, latim, matemática e ciências naturais.

Amante das letras, em 1877, Cruz e Sousa dedicou-se ao magistério e começou a publicar seus versos em jornais da província. Empenhado na campanha abolicionista, com o amigo Virgílio Várzea, durante vários anos redige para o jornal Tribuna Popular. Passa a sofrer perseguições por ser negro.

Em 1885, Cruz e Sousa estreia na literatura com o livro de poemas em prosa: "Tropos e Fantasias", em parceria com Virgílio Várzea, em que já se reconhecem algumas características marcantes do Simbolismo. Nesse mesmo ano assumiu a direção do jornal "O Moleque", cujo título se deve à sua rebeldia contra o preconceito de cor, de que sempre foi alvo.

Missal e Broquéis
Em 1890, o poeta vai para o Rio de Janeiro e passa a colaborar no jornal Cidade do Rio, de José do Patrocínio, e trabalha como arquivista na Central do Brasil. Em 1893, casa-se com Gavita Rosa Gonçalves. Nesse mesmo ano, com a ajuda do editor, Cruz e Sousa consegue publicar os livros: "Missal" (poemas em prosa) e "Broquéis" (poesias). Com eles, Cruz e Sousa rompe com o parnasianismo e introduz oficialmente o Simbolismo no Brasil.

Doença e Morte
Conhecido como o “poeta negro”, Cruz e Sousa viveu seus últimos anos numa luta contra a miséria e a infelicidade, quando poucos reconheceram seu valor como poeta. Cruz e Sousa faleceu na cidade de Sítio, em Minas Gerais, no dia 14 de março de 1898.

FONTE: www.ebiografia.com/cruz_e_sousa



Visita da família do poeta Cruz e Sousa ao Sesc Prainha

Visita da família do poeta Cruz e Sousa ao Sesc Prainha

Visita da família do poeta Cruz e Sousa ao Sesc Prainha

Visita da família do poeta Cruz e Sousa ao Sesc Prainha

Visita da família do poeta Cruz e Sousa ao Sesc Prainha

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