Cena Expandida – Circuito Especial do Festival Palco Giratório promove vivências gratuitas, roda de conversa e mediação


06/08/2019 - Atualizado em 06/08/2019 - 667 visualizações

Entre as novidades do 16º Festival Palco Giratório, que acontece em Florianópolis até o dia 31 de agosto, está a Cena Expandida – Circuito Especial, que promove ações com duração estendida. A proposta do Palco Giratório é destacar questões da contemporaneidade por meio da arte. A importância do diálogo, da empatia, do encontro das diferenças, a visibilidade negra, a cultura indígena, as questões do feminino e a diversidade são algumas das temáticas presentes este ano.

Cabaré das Rachas

O Cabaré das Rachas, um grupo formado por palhaças de Brasília, convoca artistas/palhaças locais para a construção coletiva de um espetáculo na vivência “Femi-Clown Cabaré-Show”, que acontece de 07 a 10/08 (quarta a sábado), das 9h às 13h e no dia 11/08 (domingo), das 14h às 18h, no Sesc Prainha. Inscrições gratuitas na área de Relacionamento com Clientes do Sesc Prainha.

Trata-se de uma ação multiplicadora de saberes em circo-teatro, que se dá a partir do encontro e das partilhas entre mulheres palhaças e suas criações. Palhaças, artistas de circo, da poesia, das culturas populares e de rua das cidades são convidadas a um encontro com o trio de palhaças do Cabaré das Rachas para esta empreitada político-afetiva do humor e da palhaçaria de mulher. A missão: refletir, escutar, falar e tratar do empoderamento feminino na cena e das etapas de criação de um Cabaré de variedades, com linha dramatúrgica coletiva e feminista.

Da vivência será criado um Clownbaré,  o espetáculo "Femi-clown Cabaré-Show" ser apresentado no último dia de encontro, no domingo, 11/08, às 20h, no Sesc Prainha. Estruturado com a condução do trio Cabaré das Rachas, esse espetáculo inclui números autorais das artistas catarinenses convidadas, além de números coletivos inéditos. Classificação: 16 anos.

Vivência Performance Preta

Na Cena Expandida “Performance Preta no Brasil: mapeamento, escuta e mediação crítica”, a dupla SaraElton Panamby e Dinho Araujo (MA) desenvolverá junto aos artistas locais um trabalho de pesquisa e ação formativa com propósito de provocar diálogos e vivências sobre a cena negra no país.

SaraElton Panamby é performer e pesquisadora, bacharel em Performance (PUC-SP) e doutora em Artes pela UERJ. Em sua produção, trabalha com limites psicofísicos por meio de práticas de modificação corporal e rituais revisitados, além da criação de personas por processos de colagem. Dinho Araujo é artista visual, antropólogo e produtor independente. Realiza experimentos com vídeo e fotografia expandida, transitando entre intervenção urbana, projeção audiovisual e fotografia lambe-lambe. É pesquisador nas áreas de raça, gênero, africanidade e arte contemporânea.

No dia 21/08 (quarta-feira), às 19h, no Sesc Prainha, eles conduzem a roda de conversa “Trajetórias Pretas - Performance, negritude(s) e imagem – Reflexões decoloniais". A atividade abre espaço para discutir a representação do corpo negro na história da arte e, em contraponto, o campo da performance negra e suas implicações políticas. Entrada gratuita.

De 22 e 24/08 (quinta a sábado), realizam duas vivências. Das 14h às 18h com o tema “Sob as fendas do corpo para caminhar sobre abismos”, ministrada por SaraElton Panamby. A oficina é voltada para a exploração da linguagem da performance como lugar possível de evocação de falas silenciadas. Visa ao resgate do pensar com o corpo todo, inerente às culturas negras, de povos originários, silenciadas pelo processo de colonização. Através do movimento, reabitar o corpo e despertar frequências adormecidas. Público-alvo: adultos e jovens, com ou sem experiência em performance. Inscrições gratuitas na área de Relacionamento com Clientes do Sesc Prainha.

Das 18h às 22h, Dinho Araújo ministra a vivência "Performance Preta - Escurescências, oficina de audiovisual". O intuito é pensar movimentos de apropriação e reapropriação de dispositivos técnicos no campo da fotografia e do audiovisual, de modo a colocar o sujeito negro como autor e produtor de suas próprias imagens. Recorrendo ao pensamento colaborativo, a oficina busca fraturar lógicas eurocêntricas e coloniais na representação do corpo negro. Público-alvo: oficina voltada para a comunidade e artistas. Inscrições gratuitas na área de Relacionamento com Clientes do Sesc Prainha.

Vivência AudiodescriçãoLAB Experimentação cênica

Nas Cenas Expandidas, Andreza Nóbrega da Vouver Acessibilidade (PE/SC) fará sessões acessíveis, com recursos de audiodescrição, além de uma oficina de teatro focada na relação entre o corpo e acessibilidade.

De 28 a 30/08 (quarta a sexta-feira), das 18h às 22h, no Sesc Prainha, acontece a “Vivência: AudiodescriçãoLAB Experimentação cênica”. A atividade propõe uma travessia pela linguagem teatral através do intercâmbio entre o universo vidente e não vidente, no qual serão experimentados procedimentos envolvendo a audiodescrição, alguns jogos dos sentidos, e vivências a partir do estímulo dos quatros elementos (ar, fogo, água e terra), todos esses, compreendidos como fontes poéticas para as experimentações cênicas. Partindo do princípio que a experiência do fazer teatral amplia as possibilidades de fruição de um espetáculo teatral com audiodescrição, a oficina propõe contribuir, também, com o fomento de laboratórios colaborativos para experimentações artísticas tendo a audiodescrição e a multissensorialidade como matriz criativa e estética. Público-alvo: pessoas com e sem deficiência visual com desejo para experimentarem práticas teatrais em diálogo com a audiodescrição. Inscrições gratuitas na área de Relacionamento com Clientes do Sesc Prainha.

No dia 31/08 (sábado), às 18h30, no TAC, promove a Mediação AudiodescriçãoLAB a partir do espetáculo “Meu Seridó” (atividade gratuita). A audiodescrição, enquanto recurso de acessibilidade para fruição do espetáculo, é inserida preferencialmente nos intervalos silenciosos da cena. Cabendo ao audiodescritor eleger os aspectos visuais mais relevantes da obra no momento da narração do espetáculo. Um grande desafio, dada a potência visual do espetáculo num curto espaço de tempo. Diante da necessidade de pensar estratégias, pontes para acessar com mais amplitude o universo poético e visual da obra, propomos uma ação de mediação com as pessoas espectadoras da audiodescrição, minutos antes de o espetáculo começar. A mediação se inspira nos elementos estéticos da obra, na sensorialidade e na descrição como um possível despertar de ações/movimentos que podem ser experimentados no próprio corpo. Público-alvo: pessoas que assistirão ao espetáculo com audiodescrição.

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