Estrutura itinerante visando expor artisticamente a problemática do lixo no ambiente aquático, seja fluvial ou oceânico, com foco na "plastisfera".
A estrutura geodésica de bambu foi construída e revestida com resíduos plásticos doado pelos estudantes da rede de ensino do município de Lages, através de atividades de educação ambiental no primeiro semestre de 2024. Tem o diâmetro de 9 metros, altura de 6,8 metros e dentro dela serão expostas imagens (60x90 cm) de organismos epiplásticos, fotografados via microscopia eletrônica de varredura.
A geodésica é símbolo de uma nova consciência que incorpora ecologia e sustentabilidade dentro do modelo de produção de espaços. Através dela, destaca-se que o descarte irresponsável do excesso de materiais gerado por práticas de consumo desmedidas inunda rios e oceanos de lixo. Envoltos nesse lixo gerado por nós, criamos um espaço questionador de nossas escolhas como comunidade.
A reinvenção tátil das imagens convida a uma passagem do microscópico ao tridimensional e a uma percepção das graves implicações do descaso, desde a menor partícula intangível ao intolerável peso dos resíduos, tão úteis quando objetos de desejo e tão inúteis quando descartados, tudo carrega vida e memória de vida. Esta iniciativa é uma das poucas obras artístico-científica sobre a problemática do lixo do ambiente aquático a serem abordadas no Brasil especialmente em relação à plastisfera, e tem se mostrado uma maneira positivamente impactante de atuar com a educação ambiental.
Exposição Livre